sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Oficinas Hilda Hist contratam Oficineiros e pequeno Comentário de Clevane Pessoa

Oficinas Hilda Hist contratam Oficineiros

Cultura
Data: 12 de Janeiro de 2011 14:27
Assunto: Fwd: OC Hilda Hilst - Seleção de projetos 1° semestre 2011
Para: Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha



(...) "As Oficinas Hilda Hilst de Campinas estão selecionando oficineiros para o primeiro semestre de 2011.
Apresente seu projeto em artes plásticas, audiovisual, fotografia, música, circo, dança, teatro, literatura ou gestão cultural até 23/01/11. solicite o roteiro pelo e-mail: projetos.campinas@oficinasculturais.org.br
Projetos de até 24 horas/aula.

Para aulas em cidades da região.

Telefone 19-3294-2212 begin_of_the_skype_highlighting              19-3294-2212      end_of_the_skype_highlighting.

Ana Lúcia Polessi
Cultura - Itatiba"

Recebido do divulgador cultural Darlan Padilha.

><***><

Aproveito para falar um pouco da grande Hilda:

Hilda Hirst, labareda perene

Clevane Pessoa



Hilda Hist, grande dama da poesia e do drama, , tinha um estilomarcante de dizer as coisas.Além de conciliar a Dramaturgia com a Poesia, irreverente  e autêncamente, ela tinha um amplo conhecimentos sobre assuntos´variados e se interessava por "Transcomunicação Instrumental, o que a fez ser entrevistada em 1977 pela renomada revista Planeta, especializada em transcendências, e esoterismo, ovnis e assuntos afins.,onde narra suas experiências .

Originalíssima, competente, corajosa, sabia como ninguém apontar o dedo acusatório pela palavras, arregaçar os desniveis amorosos, inflamar  mais a inflamável força da paixão.


A grande autora e poetisa chamava a atenção de intelectuais do porte de Carlos Drummond de Andrade, mineiro de Itabira, depois do Rio de janeiro , do país e hoje mundialmente conhecido, sempre redivivo, que escreveu :

Um Poema de Carlos Drummond de Andrade,
para Hilda Hilst

Abro a folha da manhã
Por entre espécies grã-finas
Emerge de musselinas
Hilda, estrela Aldebarã.

Tanto vestido enfeitado
Cobre e recobre de vez
Sua preclara nudez
Me sinto mui perturbado.

Hilda girando boates
Hilda fazendo chacrinha
Hilda dos outros, não minha
Coração que tanto bates.

Mas chega o Natal
e chama a ordem Hilda.
Não vez que nesses teus giroflês
Esqueces quem tanto te ama?

Então Hilda, que é sab(ilda)
Manda sua arma secreta:
um beijo em morse ao poeta.
Mas não me tapeias, Hilda.

Esclareçamos o assunto.
Nada de beijo postal
No Distrito Federal
o beijo é na boca e junto.

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Em seu famoso diário, rgistra um dos maiores temores de autores, dramaturgos e atores:a falta de público:


1973 / maio - quarta 16
"S. Paulo
Não houve espetáculo no teatro. Falta de público. Fiquei deprimida mas tenho certeza que vai melhorar.
Noite extrema / fria.
Acho que se 'o verdugo' demorar tantos anos para sair é porque houve um motivo. Peço auxílio espiritual para o trabalho. Jantei c/ Rofran e Geraldo D'El Rey. Fui ao apto de Geraldo e falamos sobre 'Qadós' e 'O Oco' e a possibilidade de Glauber Rocha filmar 'O Oco'."



Hilda, quando jovem mulher

Hilda idosa por fora mas sempre jovem por dentro:



Seu fiel escudeiro Mora Fuentes, em documentário, afirmou mui corretamente:

“Hilda sempre optou pelos caminhos que não são óbvios, rompendo padrões na sua vida, na sua obra"

Lembro-me de quando ela e Millor Fernades, convidado a ilustrar seu verbo erótico, foi chamado, junto com ela de "dois velhos sem vergonha", ou que a perdera, algo assim.Seu relato O Caderno Rosa de Lory Lamby, onde fala de reações sexuais de uma menina que vende o corpo-estimuada pelos genitores-  e os demais livros de sua trilogia de erotismo, o Cartas de um sedutor e  o Contos d’Escárnio/Textos Grotescos , provocam , ao exstir, uma onde de protestos de falsos moralistas.Penso que as pessoas muito arragaidas a pre/conceitos religiosos, tabus e afins, costumam confudir erótica com herética e tudo aprcia fazer crer que Hilda arderia nas chamas do inferno crsitão ou sobre os mármores indianos das punições.
Hilda se foi em 2003, quando muitos ainda não a compreendiam inteiramente , mas já possuía uma legião de admiradores.Hoje, é mais que perene, é "Cult".

Sobre o final humano, ela ironizou em certa entrevista(*):

"“Podemos ser muito geniais ao morrer. As últimas palavras de Kafka foram
“Para o poço, para o fundo do poço filho de reis”. Rimbaud despediu-se da sua irmã, refe¬rindo-se ao dia seguinte da sua morte, dizendo “Eu estarei embaixo da terra e tu caminharás ao sol”. Eu apenas diria “
Que maçada”. Daqui há 50 anos serei considerada genial. Principalmente quando morremos podemos ser geniais."

Mas ela foi genial em sua produtiva vida!

Clevane Pessoa

In Fragmentos ...

(*)Citação no Caderno “Prosa & Verso ", do  jornal “O Globo”:

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