Fogo e Serragem
Às vezes, sinto-me sem vontade
de tudo e de nada.
Amorfa,
moldo-me aos moldes
dos desejos alheios.
A dor, camuflada.
Os gemidos, sufocados.
Agonizo, molhada:
serragem
Às vezes,
embaixo de cinzas,
crepito, aqueço-me,
e em labaredas, refaço a luz
antiga,
subitamente.
Ardo,
em cadeia,
acendo tudo mais
que há por perto.
Incendeio, fogo em jogo
lúdico, atroz...
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
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Publicado em(visite) -->http://rimapoetica.blogspot.com/2009_11_01_archive.html , blogg de Regina Helena
Esse poema está em meu primeiro livro , "Sombras feitas de Luz", editora Plurarts, escolhido pelo editor para a Contracapa.
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