quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mini Cordel para Pedro Grillo e seu Chapeu.


                                                             Clevane Pessoa


Perguntei a Pedro Grillo
Por que cricrilar em versos
“de nascença”, ele me disse,
Sou de pequeno, intranqüilo,
Pinto e canto em universos,
Declamo sem parvolic e...”

“Quando escrevo trovas, brota ,
Da minha alma um encantamento,
Pelos dias , pelas noites e anda,
Da madura à menor nota,
Canto a mulher –e até tento
Transformar a feia em linda!”

Na verdade, o Grillo amigo,
não se descreveu pra mim,
Mas quem fala dele, sou eu,
Vi quem é - e então vos digo
Que ele plantou em meu jardim
um pouco de tudo seu...

><

Distraímos as  crianças
Das escolas onde fomos.
A encantar a gente grande,
 no chapéu guarda esperança
De colher durados pomos
Num país que ora se expande.

><**><

Dentro e fora é muito lindo,
Pela PAZ. gosta do branco
Lembra o sangue derramado
 com o qual escreve, infindo,
num poema todo franco
em seu lencinho encarnado.
><

Também mostra o coração
De trovador experiente
Na gravata sobre o peito...
Pode ser brisa ou tufão
Na palavra, resiliente,
Canta ou luta por seu pleito.

Quando o vi no Grande Ponto,
Me apontaram seu chapéu,
Logo depois de um segundo,
Parecendo o fim de um conto,
Na multudão foi-se ao léu
Ocupar lugar no mundo.

><

Sem lhe ser apresentada,
Acompanhei na Internet,
Nos blogs dos conterrâeos:
Chapelão,face rosada,
Li sua lavra, vi com Deth,
Com mais bardos, musa e fada.

>8>

Em abril, os escritores
Que escrevem em português,
No ano de dois mil e dez,
Em Natal, foram doutores,
De lusofonia cortês,
Sem nos olhar de viés.

><***><

E ao entrar pelo saguão,
Vi um grilo enchapelado,
Que reconheci de pronto,
Bem no Alberto Maranhão,
O teatro mais que lotado
-o que fotografo e conto!

><***><

Veio então me anfitrionar
e com rimas , receber,
(que quero também escritas!)
Ao abraçar tão singular
Bardo, pude perceber
Suas pupilas bonitas!

>>**<<

E eram estrelas  artistas
Que alumbraram os meus dias
De Natal, ao meu torrão
- e com trovas de ametistas
Ou sextilhas fantasias,
Adentrou-me o coração!

Acho que fomos irmãos
Ou qualquer laço de sangue
Em outras vidas distantes,
Em vez de sim, muitos nãos,
E de nós ninguém se mangue
Pois somos almas amantes.

Digo, então, muito obrigada
Por essa oportunidade
De conhecer Pedro Grilo,
Voltar daí renovada,
Plena de felicidade,
No coração feito um silo.

Clevane Pessoa, maio de 2010-07-03







Clevane Pessoa de Araújo Lopes


Pedro Grillo e eu
I Encontro de escritores de Língua Portuguesa-Natal

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