terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Morre Cesárea Évora-"A grande Voz de Cabo Verde"

A Poetamiga Amelia Pais <amelia.pais@netcabo.pt>, do belo blog Barco de Flores, nos envia e-mail de Portugal :
 morreu a «diva dos pés descalços»,Cesária Évora

E exclama: "Fica-nos a «sôdad»...!


Cesárea era considerada "A grande Voz de Cabo Verde"




Morreu hoje em Paris a grande voz de Cabo Verde;«diva dos pés descalços, assim foi chamada.» 
[está também no barco de flores,no multiply  e no facebook, na minha página]

Ciclo de Cinema sobre a Ditadura Militar brasileira encerrou-se em 15 de dezembro, no SINPRO-Belo Horizonte com debate.

A jornalista Brenda Marques Pena (Brenda Mars), Presidente do IMEL (Instituto Imersão Latina registra o encerramento da Mostra de Cinema sobre Ditadura Militar, no SINPRO-Sindicato de Professores na rede `privadade Eeducação  em Belo Horizonte (Cine Clube).Fui convidada para o debate, porque militei na imprensa de Juiz de Fora à época dos Anos de Chumbo.Tenho um e-book ) download grátis aqui nos e-livros do Recanto das Letras) chamado Nas velas do Tempo, escrevi O Poeta e o Militar-publicado em Roda Mundo, Roda Gigante e os poemas Alegoria da Tortura e 30 Anos sem Wlado- publicados em várias antologias e interpretetados por performadores e alunos de escolas.

O Diretor do SINPRO José Carlos Areas abriu os comentários- todos nos fizemos uma rememória de nossas vivências - encerrando o debate a Professora Dalva Silveira que escrev eu o livro Geraldo vandré-fruto de sua pesquisa em 2010 para a dissertação de Mestrado em Ciências Sociais.

Marco Aurélio Lisboa, que é físico e poeta, contista , atualmente conclue seu livro "O Vietnã é Aqui", sobre o Araguaia e sua verdadeira história, tendo entrevistado sobreviventes e suas famílias. Sou a revisora e estou bem impressionada com a fidedignidade desse livro. Durante a Ditadura, viveu na qualidade de clandestino.Foi aluno do Colégiuo Estadual central em Bh e contemporâneo do escritor Luiz Lyrio, devidamente lembrado por nós, autor de "Nos Idos de 68". A poetisa e aquarelista Neuza Ladeira também foi representada pela leitura de um de seus belos poemas  porque não pode comparecer .Contei sobre sua tortura e Brenda Mars fez a leitura da poética metafórica a respeito .

Quanto ao filme, Cabra Cega, é muitíissimo bem roteirizado e fotografado, tem enredo convincente e a recomposição  de época é muito boa .Uma densidade mesclada à temática forte , uma ternura que adoça a violência do contexto.Fiquei absolutamente envolvida pela época , comovida e foi com uma tensão controlada que dei meu depoimento e o comentei.

Clevane Pessoa de araújo loeps


Clevane Pessoa



https://plus.google.com/u/0/?tab=mX#101656650199597806921/posts
"Acabo de postar na rede ning as fotos do encerramento da Mostra sobre a Ditadura Militar.


http://imersaolatina.ning.com/photo/albums/mostra-ditadura-na-am-rica-latina


"Fechamento da Mostra Ditadura na América Latina. Exibição do filme: “Cabra-cega” e debate com a jornalista Clevane Pessoa, conselheira do Imersão Latina, que trabalhou na imprensa mineira na época da ditadura e foi alvo de censura. Marco Aurélio, Militante de esquerda na época da ditadura e Dalva Silveira, mestre em Ciências Sociais, funcionária do CEFET e professora da rede particular de ensino, autora do livro "Geraldo Vandré: a vida não é um festival" e José Carlos Aréas, Professor de História, Diretor do Sinpro Minas e da Contee.


Foi muito bom contar com a presença de cada um de vocês. Foi uma ótima e agradável noite, apesar do tema ser duro.


Bom para valorizarmos a nossa liberdade e continuar lutando contra as injustiças.


Um abraço,

Brenda"


><**><

http://imersaolatina.ning.com/photo/img-6084?context=album&albumId=4104408%3AAlbum%3A149980




 O filme Cabra Cega encerrou o ciclo de debates sobre filmes que abordam a temática da Ditadura Militar no Brasil.
Convidada por Brenda Mars, Presidente do Instituto Imersão Latina, com o poeta, físico e à época militante, clandestino Marco Aurélio Lisboa , eu que vivi a censura-meu tema solicitado-  na imprensa, conheci ,no SINPRO , onde funciona o Telecine,José Carlos Areas, a qum não conhecia pessoalmente e a Professora Dalva Silveira , autora do livro "Geraldo Vandré - a Vida não se resume em Festivais" , que trouxe a bela e intrincada questão da censura ás canções brasileiras da época.
Apesar de armada emocionalmente para essa rememória, confesso haver ficado totalmente emocionada com esse filme exato-que não desperdiçou uma brecha, sendo convicente e forte,mas terno e humano.Verão ,nas fotos clicadas pela jornalista Brenda Marques Pena - veja aqui nesta rede ,em :

http://www.blogger.com/

Via-as hoje e deu para sentir, pelas nossas expressões que realmente, nada ficou esquecido em nossa lembrança.

Clevane Pessoa n



Aqui, postarei as que cliquei com minha digital:

Clico a Professora Dalva Silveira,cuja pesquisa para sua dissertação de Mestrado (PUC-SP-para mestre em Ciências Sociais) ,resultou no livro "Geraldo Vandré-A Vida Não se Resume em Festivais"  (da Fino Traço Editora Limitada) (abaixo) :




Participantes  comentam o que foi visto e dito:

Logo abaixo, Marco Aurélio Lisboa e José Carlos Areas

Acima, da esquerda para a Direita, Brenda Marques Pena, Terezinha Avelar (de chale-Diretora do SINPRO,responsável pelo Departamento de Cultura (em especial,pelo Cine Clube)  entre outros participantes.

                                                         Brenda Marques Pena

  Abaixo, em foto com crédito de Brenda Marques Pena, eu (Clevane Pessoa  )falo sobre minhas vivências de repórter em Juiz de Fora-MG.







Abaixo:  Jornal Hoje Em Dia ,de Belo Horizonte-MG,registra  o ciclo de filmes e debates sobre a Ditadura Militar .







Veja ainda em:
http://imersaolatina.ning.com/profiles/blogs/experi-ncias-de-livre-debate-ap-s-o-filme-cabra-cega-imel-sinpro

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SketchTravel

Essa árvore, eu sempre quis plantar...Conheço o milagre da semnente de pata-de-vaca que hoje é árvore maior que meu telhado -e irrita o vizinho que não entende minha alma ecológica, de artista e poetisa...Conheço o desafio prazerosos  de criar desenhos, que brotam de nossos dedos ,conceitos e imaginário...Conheço o coletivo, força maior...
Ah, como eu gostaria de plantar livros que se multipliucassem, para que as pessoas pudessem ler mais...

Clevane Pessoa


<iframe src="http://player.vimeo.com/video/30312312?title=0&amp;byline=0&amp;portrait=0" width="400" height="225" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe><p><a href="http://vimeo.com/30312312%22%3ESketchTravel%3C/a> from <a href="http://vimeo.com/curio%22%3ECurio%3C/a> on <a href="http://vimeo.com%22%3evimeo%3c/a%3E.%3C/p>

"

Viagem Esboço
O SketchTravel é um projeto artístico multinacional de caridade. Este livro vermelho foi enviado para artistas do mundo inteiro, passando de mão em mão, como uma tocha olímpica artística viajando através de 12 países ao longo de 4 anos e meio.
Este museu itinerante contém as visões pessoais de 71 excepcionais ilustradores, animadores e desenhistas de quadrinhos, incluindo figuras como Bill Plympton, Jean James, Dautremer Rebecca, Keane Glen, Back Frederick, e Hayao Miyazaki. Iniciada pelos ilustradores Dice Tsutsumi (Japão) e Guerlais Gerald (França), o projeto culminou em um leilão do livro original em Bruxelas, no dia 17 de outubro de 2011. O valor arrecadado com o leilão e todos os royalties provenientes da publicação do livro serão doados para a Room to Read, uma entidade internacional sem fins lucrativos dedicada à alfabetização de crianças em países em desenvolvimento.
Dice Tsutsumi, que é artista de storyboard da Pixar, resolveu fazer uma animação inspirada no projeto que ele mesmo criou. O resultado você pode ver acima.
Por email, ele explica um pouco sobre a criação do curta:
“Como eu não sou um animador, meu foco é contar uma história através de todos os elementos visuais – cor, iluminação e composição. Cada um dos frames do filme foi pintado por mim com uma pequena ajuda de amigos e uma pequena quantidade de efeitos do After Effects. Trabalhei seis meses até concluí-lo, enquanto esperava pela data do leilão.”
O resultado é de tirar o fôlego.
Direção: Dice Tsutsumi
Estados Unidos, 2011"
http://www.sketchtravel.com/

domingo, 18 de dezembro de 2011

Insonia-Terezinka Pereira e Seda à Noite, em Minhas Mãos-Clevane Pessoa

Foto: flor-de-seda (flor-de-maio),meramente ilustrativa de metáfora.
"Seda à noite, em minhas mãos" (*)
Crédito da foto:Clevan ePessoa
INSONIA

          Teresinka Pereira

Passo revista
em minha sina
e nos astros
que fazem ferver
meu sangue.
Meu cerebro
e' a serpente do paraiso
que se esconde na escuridao.
A noite e' meu
pecado original.


><**><

Seda à noite, em minhas mãos

Seda em flor nas minhas mãos,
na noite em tecitura de sentidos.
Macio ao cio do sonho
o desejo se espirala
em kundalini.
Linha de fogo
a marcar a escuridão .
Na noite, pecado gerado
na seda da mão.

Clevane Pessoa

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mostra de Cinema-Belo Horizonte-SINPRO-Ditadura Militar-Filme cabra cega- escritores debatedores Marco Aurélio Lisboa-Clevane Pessoa-Dalva Silveira

Marco Aurélio Lisboa e Clevane Pessoa debatem em programaçã​​o do SINPRO, por indicação de Brenda Marques Pena-Presi​​dente do IMEL-após exibição de CABRA CEGA//Divu​​lguem se puderem

Amigos:

Convido-os a assistirem o filme Cabra Cega, dentro da mostra de Cinema Ditadura Militar,proimovida pelo Sindicato dos Professores da Rede Privada de Minas Gerais ( SINPROMinas) e Instituto Imersão Latina (IMEL) , em Belo Horizonte-MG.
A mostra acontece desde o dia 06 até ao dia 15 de dezembro.

A presidente do IMEL, Brenda Marques Pena, indicou Clevane Pessoa e Marco Aurélio Lisboa, que com Dalva Silveira (autora do livro "Geraldo Vandré: a
vida não é um festival"), para o debate  após CABRA CEGA.

A jornalista Brenda Marques Pena, em declaração ao Jornal Hoje em Dia de 06/12/2011, salienta , segundo o periódico cito, "a importância  de se retratar as ditaduras  da América Latina em um período em que vários arquivos secretos de órgãos da repressão militar têm sido revelados", e afirma :.

(...)" Aqui, ainda temos muitos resquícios do período.Que a sétima arte nos ajude a refletir e nos posicionarmos diante de realidades que, muitas vezes,fingimos não ver",
Se quiser ler depoimentos meus, busque no e-book"Nas velas do tempo-Memórias de Uma repórter na Ditadura" (capítulo de livro), down load grátis.
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/57559

Foi publicado na biblioteca virtual do CEN- e Baçan,o editor, hospeda-o no seu site Vila das Artes.Em seu rpefácio, Lourivaldo Perez Baçan escreve:

"Clevane P.de Araújo Lopes " nos lembra um tempo quando tínhamos medo,mas tínhamos audácia".

O livro virtual é um capítulo dessas memórias que permanecem inéditas.

Marco Aurélio Lisboa, vem de co0ncluir seu livro-reportagem sobre o Araguaia -O Vietnã é aqui , prestes a ser lançado.

A professora Dalva Silveira, autora de "Geraldo Vandré: A vida não é um Festival", é funcionária do CEFET  em Belo Horiznte- e leciona na rede pública de ensino .

 Os poetas lerão ainda, poemas de Neuza Ladeira, de seu livro OS COMEDORES DE SONHOS .Neuza foi torturada  ehoje dedica-se à Poesia e às Artes Plásticas.Se ela não puder comparecer  a expectativa é que ela mesma apresente sua poética de canalização do horror para o belo.

Se puder, compareça.Divulgue

Clevane Pessoa

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Clevane e Marco,
 Amanhã tem cine clube também .Vocês estão escalados a participar  na
quinta-feira, 15 às 19horas, no Sinpro.

O endereço é: *Cineclube Uma tela no meu bairro*
Rua Jaime Gomes, 198 - Floresta - BH/MG

*15/12 • quinta-feira • 19h • Cabra-cega*
Toni Venturi/Brasil/ 2005/107 min
A trama principal trata da relação limite de Tiago e Rosa, dois jovens
militantes da luta armada, que vivem o sonho do projeto revolucionário.
Alojados num bairro tradicional de São Paulo, no belo apartamento do
arquiteto Pedro. O pano de fundo é um Brasil amordaçado e sem liberdades
democráticas.

*Debatedores:* *Clevane Pessoa* – Jornalista e Conselheira do Imersão
Latina trabalhou como jornalista na época da ditadura e foi alvo de censura.
*Marco Aurélio -* Militante de esquerda na época da ditadura
*Dalva Silveira -* Mestre em Ciências Sociais, funcionária do CEFET e
professora da rede particular de ensino, autora do livro "Geraldo Vandré: a
vida não é um festival".

*Informações:* 3115-3000 • http://www.sinprominas.org.br/cineclubejpa@gmail.com
*Entrada Franca*

Um abraço,

--
Brenda Marques Pena
brendamars.wordpress.com
Presidente do Instituto Imersão Latina (IMEL)
imersaolatina.com
(31) 8811-9469 (31) 32276869


 *a*
>
>
>
>
>


--
*Clevane Pessoa de Araújo Lopes*
*Membro da REBRA_Rede Brasileira de Escritoras.Representante da REBRA em MG.
*
*Representante do Movimento Cultural aBrace-Brasil;Uruguai*
*Vice Presidente do Instituto de Imersão Latina-IMEL.*
*Embaixadora Universal da Paz -Cercle de Ambassadeurs Univ.de la
Paix-Genebra, Suiça,*
*Consultora de Cultura da Associação Mineira de Imprensa-AMI.*


--
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Membro da REBRA_Rede Brasileira de Escritoras.
Representante do Movimento Cultural aBrace-Brasil;Uruguai
Vice Presidente do Instituto de Imersão Latina-IMEL.
Embaixadora Universal da Paz -Cercle de Ambassadeurs Univ.de la Paix-Genebra, Suiça,
Consultora de Cultura da Associação Mineira de Imprensa-AMI.
Membro da Rede Catitu de Cultura; do virArte, da ONE, da SPVA/RN, da CAPORI,  da APPERJ,e do PEN Clube de Itapira.
Colaboradora da ONG Alô Vida. .
Membro Honorário de Mulheres Emergentes
Divulgadora e Pesquisadora do MUNAP_Museu Nacional da Poesia
Dama da Sereníssima Ordem da Lyra de Bronze
Acadêmica da AFEMIL-Academia Feminina de Letras; da ALB/Mariana;
Acadêmica Correspondente da ADL, ANELCARTES, ATRN, AIL,  ALTO, da Academia Pre-andina de Artes, Cultura Y Heráldica; Academia Menotti del Picchia
Academica Correspondente Titular, da AILA_ Cadeira 05-Patronímica de Luiza da Silva Rocha Rafael

Cinco Mulheres são FINALISTAS na III Seletiva Nacional de Poesia - Participa ,por cooperativismo.

Foto:
Clevane Pessoa






Amigos:


Para a III **SELETIVA NACIONAL DE POESIA que resultará na III Coletânea do Milênio- décima quarta antologia da POEARTE, de Volta redonda, RJ,  meu poema DA NECESSIDADE ABSOLUTA foi um dos cinco primeiros selecionados (ver listagem abaixo, em ordem alfabética).Pela primeira vez, informa o poeta e editor Jean Carlo Gomes, ,somente mulheres lograram ser os cinco autores finalistas.Tive ainda dois outros poemas selecionados.


Haverá, PARA PREMIAÇÃO E  EDIÇÃO DO LIVRO III COLETÂNEA SECULO XXI EDIÇÃO 2012 **PELO SISTEMA DE COOPERATIVISMO* Isso significa que mesmo quem não concorreu,poderá agregar-se a esse lançamento.


*Assim se expressa o organizador:> "NOSSO LEMA:**AJUDE UM PESSOA A SORRIR MELHOR NESTE NATAL, PARTICIPANDO DA III COLETâNEA SECULO XXI***"
* *


 (Será o décimo quarto livro da PoeArt Editora de Volta Redonda que desde
2006 já editou mais de uma centena de autores de diversas cidades do país)



Poetas interessados poderão integrar a cita antologia, escrevendo para o poeta e editor Jean Carlo  :
Jean Carlos Gomes Gomes <mailto:poearteditora@gmail.com%3E.Ele%20é>.Ele é um grande militante pela divulgação de poetas .Em 2009, participei de VOZES de AÇO,na qualidade de convidada.

Assunto: CONVITE OS SEUS AMIGOS POETAS PARA PARTICIPAREM .



...RESULTADO DA III SELETIVA


NACIONAL DE POESIA (QUE RESULTARÁ NO LIVRO III COLETANEA SECULO XXI QUE VC
PODERÁ ENTRAR COMO POETA CONVIDADO (NO FINAL DO E-MAIL TABELA DE VALORES)
ABRAÇOS JEA CARLLO
Para: Jean Carlos Gomes Gomes <
poearteditora@gmail.com>




OS ESTADOS PRESENTES: 16 + DF **AL, BA, CE, ES, MA, MG, MS, PA, PB, PE,
PR, RJ, RN, RS, RO, SP E DF*



*Os cinco Primeiros Colocados **(os trabalhos e os seus autores em ordem
alfabética)*:*

* *
*Anna Amélia Apolinário de Almeida – **João Pessoa – PB** **(Poesia:
Epifania)***

*Poesia selecionada: Febre das musas*
***
*Clevane Pessoa – Belo Horizonte – MG (Poesia: Da Necessidade absoluta)***
*Poesias selecionadas: Das coisas animadas, não inanimadas, que soam aos
ouvidos dos poetas**e Rememória*

* *
*Elizabeth F. de Oliveira – São Luis – MA (Poesia: Extradição)*
*Poesias selecionadas: Clausura e Clarividência *




*Fernanda Espinha da Cunha – Rio de Janeiro – RJ (Poesia: Alma Plástica)*
*Poesias selecionadas: Somos e Onde estão os grilhões *




sábado, 10 de dezembro de 2011

Rememória-João Cabral de Melo Neto-Murilo Mendes-Clevane Pessoa

Rememoro, de minha coluna "Clevane Pessoa entre Pessoas" (no Portal Vânia Diniz) *:
João Cabral de Melo Neto para Murilo Mendes
O poema abaixo, primor e inventiva, entre as mil invenções dizer poético sobre o encontro amoroso,sai das palavras precisas e algóricas de João Cabral de Melo Neto, Poeta maior,para Murilo Mendes.Penso-me se haveria no primeiro a clara intenção de homenagear o segundo, ao iniciar o poema, ou se intenção surgiu ao ler-se e deparar-se com paralelas murilianas...
Em Juiz de Fora, jovem repórter e crítica literária, eu vivia a ler A Idade do Serrote porque a inusitada e saborosa prosa poética de Murilo encantava-me.Já no Jornal Urgente, tablóide onde meu primeiro marido, o jornalista e poeta Messias da Rocha,divertia-se ao escrever com ironia ou charge e assim driblar a Censura, eu mantinha, seriamente, uma coluna horizontal de resenhas.Certa feita, escrevi sobre Murilo ("Murilo Mineiro Mendes", o título do artigo) e publiquei ao lado um poema do poeta Roberto Medeiros, que pertencia, como eu ao NUME(Núcleo Mineiro de Escritores) e à UBT, que eu presidia, um poema para a poetisa portuguesa Maria da Saudade Cortesão (o nome próprio, um poema), mulher de Murilo.
Mais tarde, já estudante de Psicologia, no CES, relia cada frase muriliana com a interpretação já sob a influência psicanalista.As suas histórias de parentes são insuperáveis, as metáforas ,originais entre originais...
De João Cabral de Melo Neto, seu Quaderna também mexia furiosamente mas silenciosamente com a  minha calada alminha em gritos. Impressionou-me, entre outras montagens, uma do Grupo Divulgação-se não me falha a memória cansada de andanças- do Morte e Vida Severina.A rede onde o morto era cantado e dissecado verbalmente, junto às análises sócio-poéticas,permanece também em minha memória, junto com os versos.
Quando somos ou estamos jovens, tudo apresenta-se com um sabor de ambrosia e provamos licores, maná dos deuses. tampamos o nariz aos cheiros desagradáveis, mas continuamos a insistir.Mais velhos, carregamos esse jovem que nos viveu,na rede de nossas vivências atuais,e acreditamos que chegaremos a algum lugar, para salvá-lo, meio sem coragem de verificarmos se nosso jovem interior ainda está vivo.Algo em nós nos impede de ver se a juventude morreu.Porque nesse caso, teríamos de parar com a procissão de amigos e acompanhantes e perdermos um pouco do tempo que nos resta,para enterrar os sonhos...
Clevane Pessoa de Araújo Poeta honoris causa pelo CBLP para oito países  lusófonos pelo CBLP.
Eis o poema de um poeta a outro, igualmente grande:
A MULHER E A CASA
Tua sedução é menos
de mulher do que de casa:
pois vem de como é por dentro
ou por detrás da fachada.
Mesmo quando ela possui
tua plácida elegância,
esse teu reboco claro,
riso franco de varandas,
uma casa não é nunca
só para ser contemplada;
melhor: somente por dentro
é possível contemplá-la.
Seduz pelo que é dentro,
ou será, quando se abra;
pelo que pode ser dentro
de suas paredes fechadas;
pelo que dentro fizeram
com seus vazios, com o nada;
pelos espaços de dentro,
não pelo que dentro guarda;
pelos espaços de dentro:
seus recintos, suas áreas,
organizando-se dentro
em corredores e salas,
os quais sugerindo ao homem
estâncias aconchegadas,
paredes bem revestidas
ou recessos bons de cavas,
exercem sobre esse homem
efeito igual ao que causas:
a vontade de corrê-la
por dentro, de visitá-la.
João Cabral de Melo Neto: Quaderna, 1956-1959.
 Dedicado a Murilo Mendes.
In Poesias Completas: 1940-1965. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975


><***><
Dois Livros


Dois LivrosClevane Pessoa de Araújo Lopes
Quaderna, de João Ca-bral
de Me-lo Ne-to
a perfeita cadência
contida no próprio nome,nordestino,
mexia furiosa/mente
mas silenciosa
mente com a  minha calada
alminha em gritos.
Morte e Vida Severina:
morte e vida da menina,
que fui-serei
jovem mulher boquiaberta
ante o Chumbo daqueles anos.
A Idade de Serrote,
de Murilo (Mineiro)  Mendes,
serrava minhas resistências acadêmicas
restantes e condicionadas
e produzia
aparas de Poesia...
Descobri resiliências e resisti...
Dois Livros
 Clevane Pessoa de Araújo Lopes


Quaderna, de João Ca-bral
de Me-lo Ne-to
a perfeita cadência
contida no próprio nome,nordestino,
mexia furiosa/mente
mas silenciosa
mente com a  minha calada
alminha em gritos.
Morte e Vida Severina:
morte e vida da menina,
que fui-serei
jovem mulher boquiaberta
ante o Chumbo daqueles anos.
A Idade de Serrote,
de Murilo (Mineiro)  Mendes,
serrava minhas resistências acadêmicas
restantes e condicionadas
e produzia
aparas de Poesia...
Descobri resiliências e resisti...


FONTE:http://www.vaniadiniz.pro.br/espaco_ecos/entre_pessoas/textos_entre_pessoas.htm



Clevane Pessoa de Araújo Lopes, nordestina de S.José de Mipibu, RN, mora em Minas Gerais desde a infância, tendo retornado à capital mineiro depois de dez anos no NE(S.Luiz, Maranhão) e N( Belém,Pará).
É psicóloga, tendo estudado no CES em Juiz de Fora até ao oitavo período.Por motvo de enlace, com o engenheiro civil Eduardo Lopes da Silva, mudou-se para Belo Horizonte e concluiu o curso na FUMEC.
Escreve  desde a infância e poesia a partir dos dez anos de idade.Palestrista, oficineira, em temas literários ou de psicologia, é desenhista e gosta da beleza-em todas as suas fontes vertentes.
Embaixadora universal da paz (Cercle Univ.de Les embassadeurs de la Paix-genebra, Suiça), poeta Honoris causa pelo CBLP,para oito países Lusófonos, Patroness da AVSPE, Diretora regional do inBrasCi em Belo Horizonte,Integra a rede Catitu na Núcleo de Entrevistas Clevane Pessoa entre Pessoas,é Representante do Movimento Cultural aBrace (Uruguai Brasil), na capital mineira e é Delegada da ALPAS XXI por MG e bahia.Pertence á Academia de Trovas do RN desde 1968 e a outras academias literárias , na qualidade de Memebro Correspondente.Nos Anos 60/70,foi nomeada Delegada Ad Honoren," com todas as honras de representação distinguida", do Instituto de Cultura Americana,registro 5041-França, Paris, UNESCO, pela filial do Uruguai e da ARIEL (Associação de Livres Pensadores), pela filial de Portugal.Graças a esse dois últimos cargos, forneceu cartas de apresentação a artistas e poetas brasileiros,que dessa forma, escaparam da Ditadura Militar e puderam sair do País.
É mãe de Cleanton Alessandro (Allez pessoa, contrabaixista e desenhista e Gabriel (massoterapeuta),viúva de Eduardo Lopes da Silva.
Clevane Pessoa-Recital Terças Poéticas-
vestindo a camiseta com versos de Lindolf Bell,
homenageado, sobre o vestido, para interpretar seus poemas.2008
Palácio das Artes;

Sol Dantas -SOLvendo SENTIDOS







A poetisa baiana SOLL DANTAS (*) , comigo e Brenda Marques, do Instituto Imersão Latina, confraternizando na Bienal do Livro em Belo Horizonte-MG.

"Querida, só assim nos encontramos, rs.
Agradeçamos ao Valdeck, sempre antenado e atencioso.
Fiquei feliz quando li sua participação na obra dele, pois
se trata de uma pessoa muito querida!
Em ralação às fotos, só tenho essas que seguem.
A qualidade não está boa, mas as modelos estão bonitas, rsrs.
Um beijo grande e vamos contuar nos comunicando.
Sol"

Foto enviadas por Soll.

Sobre a radialista e poetisa, que lançou  seu livro em outubro (Sol vendo sentidos) o poeta e editor baiano Valdeck escreve:

"Cultura

SolVendo Poemas: Sol vendo sentidos

55 acessos - 0 comentários
Publicado em 07/10/2011 pelo(a) Wiki Repórter valdeck, Salvador - BA


Primeiro livro da poeta Sol Dantas já é sucesso na Bahia - Foto: Divulgação
“SOLvendo Sentidos” é mais que o nome do primeiro livro de Sol Dantas. Nas palavras da própria autora, esta obra “é a absorção do que tem sentido pra mim e do que dá sentido ao que faço. É solver os sentidos da vida e ver sentido no seu discorrer, sob uma visão flexível, mas muito peculiar. Ficção e realidade se confundem nos encontros e motins dos meus eus poéticos, que brincam com as palavras, enquanto derramam seus sentimentos em versos livres e métricos”.

Para a blogueira e escritora Miriam de Sales, “está chegando a hora tão esperada do lançamento do  livro de poesia da poeta Ivone Soll.  Sou testemunha da qualidade dos poemas e do esmero em que foram tratados, seja na publicação, na escolha ou na beleza dos temas. Eu que acompanhei de perto a gestação, o nascimento, as escolhas e ainda batizei o neném escrevendo o prefácio, estou numa felicidade que só. Porque está nascendo um trabalho que dignifica a Poesia e que vai deixar muita gente feliz por ter essa obra na sua estante. O Prêmio Nobel deste ano foi para um poeta sueco; a poesia está voltando à moda, à maneira de Ivone SOL-vendo Sentidos. Só me resta dizer "merde", como os franceses”.

Ivone Sol é radialista, professora e poeta. Participante de vários movimentos culturais de Salvador, a escritora é uma incansável guerreira que luta todos os dias pela literatura baiana. Este é seu primeiro livro, de muitos que virão, fruto de muita inspiração e muito suor. Com certeza já é sucesso, como tudo o que sol faz. A energia e a aura da poeta transpira e inspira trabalhos poéticos que transbordam criatividade, qualidade e bom gosto. Para abrilhantar o coquetel de lançamento, vai haver apresentação especial dos músicos Juca Dy Paula e Andriz Petson.

SERVIÇO
O que: Lançamento do livro “SolVendo Poemas”, de Ivone Sol
Onde: SESC Nazaré – Avenida Joana Angélica, 1541 – Nazaré – Salvador-BA
Quando: 14 de outubro de 2011, às 19 horas "
 
FONTE:http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=46476

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Meu Prefácio para Premio Vadeck Almeida de Jesus publicado agora em Brasil WIKI

Amigos. acessem:


http://brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=48127

Valdeck Almeida publicou no BrasilWiki-ou lá publicaram - um dos prefácios que mais gostei de escrever.Chama-se Pre Facies, leia no link,para saber o porquê.
Para mim, foi surpesa ver algo que escrevi em 2008, ser publicado agora, no finalo de 2011, o que aprovo, pois sei que a remeória é um tesouro que deve ser exposto de vez em quando...Agradeço a ele por me enviar.
Qualquer dia, concorrerei num de seus concursos.Essa antologia é resultado do de 2008.Sempre divulgo mas muitas vezes, perco o prazo,perdida em publicar news.No prefácio, menciono uma entrevista que fiz com o poeta e editor baiano e publiquei em um de meus blogs:http://clevanepessoaentrevistas.blogspot.com

Acabo de receber em c hamada do facebook, onde ele apresentou o link.
Leia e conheça um pouco do editor, dos autores e até da...prefaciadora...
Um abraço amigo:
Clevane Pessoa ...


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http://www.outraspaginas.com.br/
São Paulo - SP

PENDENTES - MATÉRIAS QUE OS EDITORES AINDA NÃO LERAM
Clevane Pessoa em prefácio de obra de Valdeck Almeida de Jesus
16 acessos - 0 comentários
Publicado em 09/12/2011 pelo(a) Wiki Repórter valdeck, Salvador - BA




Capa da edição IV do Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus - Foto: Valdeck Almeida de Jesus - jornalista e escritor Pré/facies
PRÉ FACIES


Certa vez recebi pela Internet, a pergunta de uma escritora: “Por que publicar em antologias?” Não sei se era uma indagação capciosa, exatamente qual a intenção. Talvez uma crítica implícita a mim, que participo de um bom número... Quando eu era jovenzinha, antologias seriam apenas para as textos em prosa ou versos de renomados autores.
Coletâneas seriam feixes de escritos de pessoas comuns. No entanto, com o advento da Internet, esse conceito mudou.
Pois se o poeta - o autor focal desta antologia - antes escrevia para si, ou submetia a jornais seus versos, e eram poucos os que se viam publicados, hodiernamente, há um boom a explodir belezas poéticas, dos lugares comuns dos apaixonados às singularidades de expressão... Se antes muitos morriam e somente então seus versos cometidos eram encontrados, hoje, poeta, famoso ou mão, jamais morrerá, não enquanto lerem, declamarem, repassarem seus versos – o que é muito comum, por e-mails.
Os velhos caderninhos são agora, arquivos, pastas. As pessoas postam web designs que ilustram seus escritos. Não raro, quem apenas ilustra, ou faz PPS, acaba tornando-se Poeta. Faz livros virtuais, participa de concursos, enfim, as portas e janelas abriram-se para a livre expansão da alma.
O egocentrismo, cedeu à cordifraternidade: troca-se regulamentos, há sites, home pages e blogs especializados nessa divulgação. Outros não o são, mas mandam em PVT, ou incluem em seus espaços, hospedam.
O motivo é claro: além de um autor ter de enviar algo próprio, escrito corretamente, em geral inédito (ou não, conforme as normas vigentes), de preferência original, singular, o texto esbarrará em um júri, em alguém que terá sua visão e preferências pessoais, com a tarefa de fazer a seleção, ser neutra, imparcial, despreconceituosa. Alguns lograrão classificar-se, outros apenas serão convidados a participar. Mas o prazer de folhear um livro e encontrar-se em companhia tão diversificada, mas todos pertencentes a essa “casta” a dos poetas, é imenso.
Também já me perguntaram por que “ainda” concorro. Sempre respondo que é pelo “frisson” da expectativa. E porque no Brasil edições individuais são acima das possibilidades do autor, muitas vezes, de gastar: cônjuges reclamam, “usou parte do dinheiro das férias e publicou um livro”; “fez um empréstimo, mas não foi para consertar o telhado e sim para editar”, “fez o livro e depois da noite de autógrafos, não vendeu, agora distribui”... Quando há família em jogo, as acusações ou queixas são ainda mais veementes. O autor às vezes, tem de amargar uma culpa... Conheci alguém que fez uma dívida, e depois tentou suicídio porque não conseguia pagá-la, a sala cheia de pacotes de seu livro maravilhoso... Quando eu era adolescente, li “O Feijão e O Sonho”, de Orígenes Lessa e fiquei impressionada. É o protótipo das situações que relato.
Em todas as épocas, o “ser Poeta” teve de conviver com outras profissões. Alguns puderam sobrepor-se ao comum dos mortais, com sua poesia - Neruda, Vinicius... Mas, através da Internet, nesse novo Milênio em especial, as pessoas se organizam, fazem saraus, encontram-se em todo tipo de lugar, desde o barzinho, antes reduto único de uma classe considerada boêmia, aos palcos, escolas, praças... Poemas são colocados em ônibus e metrôs, vitrinas e varaus. Esse encontro tem um efeito dominó positivo. E abrem-se as neo-antologias, que significam reunião de autores, de todas as idades, classes, formação, países, e profissões paralelas. Ou Poetas e pronto.
Nesta, do Valdeck, desde adolescentes a septuagenários, eu li, fascinada, os que comentaram sobre o que “também” fazem. Além dos educadores e as pessoas graduadas em Letras esperadas pela própria formação, há matemáticos e engenheiros - dos civis aos químicos. Há físicos, advogados, artistas, livreiros, economistas, pesquisadores, artistas plásticos, atrizes e atores, estudantes de vários graus, delegado de polícia, técnico de metrologia, analista de sistema, arrecadador de pedágio (e fiquei a imaginar se ele teria algum micro-tempo entre um veículo e outro, para anotar versos ou rimas), um instrutor de kickboxing – que escreveu Poesia depois de perder a liberdade - e há quem o faça por estar livre... Analista legislativo, mestres, doutores e pós doutores, figurinista, diretor de empresa, socióloga, oficial de justiça, militares, jornalista, documentarista, roteirista, desenhista de moldes, cordelista, poliglota - professor de Línguas, pesquisador...
Brasileiros de todos os cantos, portugueses, uma angolana. A Lusofonia canta agradecida! A latinidad também. Há argentinos.
Encontro menções de outras antologias onde também me encontro, dou de cara com minha amiga Ângela Togeiro, que mora como eu em Belo Horizonte, também Embaixadora da Paz e membro do inBrasCi, de várias Academias, uma pessoa premiadíssima nacional e internacionalmente. Leio que Uma autora ocupa a Cadeira 11, de Lindolf Bell, da Catequese Poética, que se estivesse vivo, adoraria andar pelas novas antologias brasileiras. Ele é meu patrono na AVBL - uma academia virtual. E fiz um recital em 2008, no qual o homenageei. Já estão vendo para que serve uma antologia - o que a senhora fingia não saber.
Gosto da palavra cordifraterno. É o que somos quando estamos num mesmo livro/espaço: unidos pelo cordis, “monsieur le coeur”, o coração, que bate ao compasso da comunhão, e em uníssono, e nos torna todos iguais, sem divisões de classe, raça, cor, opção sexual, grau de escolaridadade, poder aquisitivo...
Quando concluí a leitura dos poemas e li avidamente as notas sobre os autores, fui reler a entrevista (*) que fiz com essa pessoa guerreira, resiliente, que é o Valdeck Almeida  e adorei quando reli, essa resposta dele:
Pretende organizar outras antologias?
“Sempre tenho vários planos, mas por enquanto este projeto me toma o ano quase todo. Somente com a ajuda de uma equipe grande eu poderia me atrever a realizar mais coisas do que já realizo no cotidiano e na minha vida profissional. Eu trabalho de segunda a sexta-feira, estudo à noite fazendo jornalismo e ainda tenho que cuidar da casa, cuidar de mim, de um filho que mora em Jequié/BA. Eu moro em Salvador e vivo viajando sempre ao interior para rever meus amigos e familiares. Tudo isso toma tempo. Dizem que o tempo na Bahia não corre, que caminha a passos de tartaruga, mas tudo isso é folclore. O tempo aqui urge, as coisas por fazer roubam-nos o tempo...”
Quando recebi o convite para escrever - o que chamo de pré-facies, porque não citarei versos dos poemas, mas falei de seus autores, com a brevidade da cigarra que anuncia a chuva fértil que terão pela frente - senti-me lisonjeada e presenteada - apenas de haver divulgado o concurso, repassado para mailings, postando, acabei perdendo o prazo e não entrando. Foi uma forma de estar com os autores e com o poeta organizador, que para participar de sua primeira, teve de vender um fogão. Tenho-lhe muita admiração, aplaudo seus esforços e almejo-lhe uma bela carreira editorial, paralela à sua de fazedor de versos, bardo, vate, poeta. E concluo com esse poemeto escrito na adolescência:
O impossível
É imprevisível
Só até acontecer...
Clevane Pessoa de Araújo Lopes, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Psicóloga, Poeta Honoris Causa para oito países lusófonos, pelo CBLP; Embaixadora Universal da Paz, pelo Cercle de les Ambassadeurs Univ. de La Paix Genebra, Suíça; Diretora Regional do InBrasCi em BH/MG; Representante do Movimento Cultural aBrace (Brasil /Uruguai), Membro da ONE, Acadêmica da AFEMIL (Cadeira Cecília Meireles)
pessoaclevane@gmail.com
(*) http://clevanepessoaentrevistas.blogspot.com/



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Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Membro da REBRA_Rede Brasileira de Escritoras.
Representante do Movimento Cultural aBrace-Brasil;Uruguai
Vice Presidente do Instituto de Imersão Latina-IMEL.
Embaixadora Universal da Paz -Cercle de Ambassadeurs Univ.de la Paix-Genebra, Suiça,
Consultora de Cultura da Associação Mineira de Imprensa-AMI.
Membro da Rede Catitu de Cultura; do virArte, da ONE, da SPVA/RN, da CAPORI,  da APPERJ,e do PEN Clube de Itapira.
Colaboradora da ONG Alô Vida. .
Membro Honorário de Mulheres Emergentes
Divulgadora e Pesquisadora do MUNAP_Museu Nacional da Poesia
Dama da Sereníssima Ordem da Lyra de Bronze
Acadêmica da AFEMIL-Academia Feminina de Letras; da ALB/Mariana;
Acadêmica Correspondente da ADL, ANELCARTES, ATRN, AIL,  ALTO, da Academia Pre-andina de Artes, Cultura Y Heráldica; Academia Menotti del Picchia
Membro Correspondente Titular da AILA-Cadeira Luiza da Silva Rocha Rafael

domingo, 4 de dezembro de 2011

Aniversário de Mãe.Rememória

Hoje, nessa data quatro de dezembro, minha avó,Theóphila Theonila Cãmara de Araújo dava à luz seu décimo nono fruto, minha mãe, Terezinha do Menino Jesus .Foi a caçula, mimada e doce.Dançar,sapatear, cantar,nadar, criar toda a espécie de animais, cuidar de doentes e trazer crianças ao mundo era sua maior destinação.Não gostava de peias, de imposições, mesmo tendo se casado aos quinze anos.
Brinco seriamente num poema ao dizer que, primogênita, ainda ouço seus gritos à delivrance.
Sempre fui muito ligada a ela, que me onerou desde sempre com todas as suas confidências.Mas isso, tornou-me a escritora que sou. O bônus a partir do ônus.e amadureci cedo à bessa.Contava-me de tudo e quando papai e ela, que eram cinéfilos ,chegavam do cinema, contavam-me tudo.Cenas picantes, omitiam ou suavizavam. Muita emoção, já grande, ou adulta ou agora em sessões "Cult",reconhecer enredos e protagonismos- e então, rindo,perceber onde pulavam informações ou as substituiam . Claro,se era um filme tipo Nouvelle Vague, criavam possibilidades- e as discutiam- para a continuação do roteiro. isso preparou-me também para a Psicologia  que exerci com paixão.Compaixão, palavra que decodifiquei através de seus atos constantes.
Ela nasceu em uma época em que as mulheres cumpriam leis e fadários
domésticos.Mas era pássara. Voava alto e cantava visionariamente a favor da mulher...
Não gostava de preconceitos naturlamnte, nem de idéias impostas,  crendices.Contava que quando aonteceu-lhe a menarca, foi cantar e pular sob o chuveiro, embora tivessem lhe repassado que moça menstruada não lavava  a cabeça.Sabe-se lá porque.Tudo que "fazia mal",bem lhe fazia : manga com leite ,
amamentação...Exímia amazona, apostava corrida com carros ,a cavalo, feliz da vida.
Tudo que era velho demais quando ela nasceu, num mundo vetusto, renovava.Via com olhos de novidade  : pedras,flora e fauna...
Conhecia o milagre da multiplicação dois pães.Podíamos levar para casa quem quiséssemos, ela jamais reclamou e nunca faltou  saboroso alimento em nossa mesa.
Minha avó,mamãe(Terezinha do Menino Jesus-Teca) e eu, em Juiz de Fora, 1978

Eu,mais séria, comedida, logo tornei-me sua mãe e ela achava graça porque fizemos juntas um  teste de maturidade e ela perdeu de mim.Realmente, era minha meninha generosa demais para ser apenas  uma criança grande - capaz de todos os sacrificios para ser mãe de seis filhos, o caçula com Síndrome de Down.
Parabéns, sempre, minha mãe menina, de quem nasci quando  tinha pouco mais de dezesseis anos, casada aos quinze com meu pai, dez anos mais velho.
Lembro quando eu ia fazer reportagens   você  me acompanhava,mais-que-feliz, porque ia participar da vida artístico-literária-social de Juiz de Fora."_Clevane , você não fica sem graça de ser uma repórter acompanhada pela mãe?" Perguntavam e eu olhava perplexamente esses interlocutores...Na verdade , eu adorava,  suas estratégias,pois era meio timida e ela muitas vezes, fez o meio-de-campo para que eu me aproximasse de algum notável.Como aconteceu com o Rubens de Falco: -"Mãe, ele está sozinho ali, mas  deve estar descansando"...Temia incomodar o astro de "A Escrava Isaura".Ela fingiu que não ouviu.Foi até ele sorridente e perguntou se a filha,que vinha de concluir outra entrevista,poderia aproveitar que ele já estava desocupado e entrevistá-lo.Ele buscou-me com os claros olhos e aquiesceu.Cheguei , obedecendo ao aceno de mão e cumpri alegremente minha tarefa.Eu adorava aquilo, mas não gostava de incomodar...Isso ocorreu vária vezes, até que me senti mais segura.E tudo sem que ela recriminasse,criticasse ou zombasse  - só sinalizava caminhos, possibilidades...
Pois é, D.Teca,ainda sinto  a palma de sua mão sobre a palma da minha.Transmissão silenciosa e energética de um amor incondicional e imensurável.
Jamais esqueço de você, um sentimento sempre eterno, sempre terno, sempiterno...

Clevane Pessoa

Em Um Instante-poema de Neuza Ladeira-Novos Instantes-Clevane Pessoa


Tela de Neuza Ladeira.À direita, os pés da pequenina grande Poetisa mineira ,que de vez em quando, aparecem quando ela fotografa seus trabalhos


Respondo ao poema de Neuza Ladeira, em alusão à sua nova tela!



Em um instante

Por um instante a lágrima nos olhos
Um punhal no peito
Tudo isto por instantes
Que me fizeram olhar a vida de frente sem soslaio

Fiquei anos numa luta insuportável
Odiava a realidade e sabemos muito bem
Que criamos subterfúgios para com ela conviver

Usava deles para criar coragem
Há muito ela tinha se escondido de mim
No peito fechado só os aditivos abriam
O escondido ali estava dormindo

Em um mundo inteiro de gentes
Em instantes marcados pelo meu pensamento poético
Em metamorfoses despercebidas

Aqui hoje com este passado tão distante
Com esta vida tão miúda
Sem nada no coração
Um borrão NL


><**><
Novos Instantes

Clevane Pessoa

Lágrima na íris
Estrela liquefeita.
Punhal no peito
Feito de astros.
O fundo vermelho
Não é o sangue da tortura
É a representação
De um coração energético
E resiliente,
Conheci-te na dança , suada
A azulinha nas veias.
Os antigos gritos das torturas
São agora sussurros
A guiar por traços indelévies
Teus novos traços:
Cirandas norteiam
Teus pés irisados
De aquarelas.
Reinventaste
Os sonhos
aparentemente devorados.
Os comedores de quimeras
Tornaram-se adubo
Para que florecesses em Poesia
E Pintura.
 A alegoria cantarola em tua alma
E nem quiseste reintrerpetar
O pranto.
Agoira amiga, é de alegria.
E decodifico tua estrutura
Que andava andarilha
em outros perímetros.
Descalça,desnuda,
Sempre dançarás
A escrever poemas,
Sempre cantarás
A compor cirandinhas
Em torno da fonte da Vida!


><**><
Belo Horizonte, 04/12/2011
(hoje,minha mãe completaria 82 anos)