Mostra de penteados con tranças Nagô
A preservação da memória e a ligação atávica, as raíze mostradas sem nenum pejo, são a melhor forma de manutenção da cultura popular.Numa época em que orientais de negros cabelos e raça amarela, africanos negros e afrodescendentes
, mostram-se louros e ruivos talvez por vontade de passar para o lado de lá, sem sofrerem mais descriminações, talvez pelo direito de ser livre e fazer o que bem desejarem, talvez apenas por seguirem tendências temporais e ocasionais do mundo fashion -ou para seguir sua tribo urbana, seu grupo adoelescente,
não importa, considero extremamente louvável que as tranças Nagô sejam perpetuadas, pois seus desenhos e teceduras típicas podem perder-se no tempo-tal e qual ocorre com a cestaria.Aqui em Minas, meu caro amigo Marco Llobus, peota e ativista cultural, que preside a Rede Catitu, onde sou conselheira editorial,certa vez realizava um trabalho na roça e chegou até uma pessoa que era a última que ainda sabia um certo ponto de trama, em tecitura de cestos .Não havia aprendizes, apenas o último mestre.
Isso nos preocupou sobremaneira, pois não podemos deixar que as tradições
caiam "na convulsão do tempo" /"para que não se esgarcem
como nuvens branças /nos horizontes longíquos(...)(*).
Do Maranhão, meu amigo poeta Kiko Consulin diz que a filha Luiza e a neta Sophia , me mandam "um cofo" de beijos.Fiquei a recordar dos cofos, cestinhos feitos na hora, v. comprando e o vendedor tecendo, devolvendo com o produto:frutas, legumes, peças de artesanato...Lá, não têm alto valor, era comum eu passar e ver vários em lixeiras de casas e prédios, no lixo das ruas...Eu, encantada com o trançamento das fibras do babaçu, queria guardar, são feitos ainda com as folhas da palmeira verdinhas...Noutro dia, pela TV, vi maranhenses conversando com um repórter e tecendo cofos para colocar as castanhas .
Tranças -de cabelos ou fibras- e tecelagens são filhas das mesmas idéias artesanais...
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Membro do Coro Coletivo
Membro do virARTe/RS
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Membro do Coro Coletivo
Membro do virARTe/RS
><**>< Hoje, acordo e encontro o e-mail que chega da Bahia, do sempre atento ativista cultural e artista ETETUBA, que nos envia , pelo Coro Coletivo: "Instituto Nangetu: Desfile/Mostra de penteados con tranças Nagô. EntradaX http://institutonangetu.blogspot.com/2011/04/desfilemostra-de-penteados-con-trancas.html Desfile/Mostra de penteados con tranças Nagô.
Neste sábado, dia 16 de abril, as 10h, haverá mostra dos resultados da "Oficina de Introdução a tranças Nagô", ministrado pela trançadeira Nazaré Cruz, a Nazinha do Mocambo.
Os diversos tipos de penteados afro-brasileiros aprendidos serão apresentados para o público, que também poderá usufruir de trançados feitos na hora.
O desfile acontecerá no Instituto Nangetu, Tv. Pirajá n. 1194 - Belém.PA.
Postado por Etétuba às 05:04
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