sábado, 2 de abril de 2011

Brasília e eu.Fragmentos de lembrares.


Em minha primeira visita à capital brasileira -novacap, JKap-encantaram-me as flores , o sol, os planos, a architectura .Vinham-me à cabeça os nomes de Juscelino Kubitscheck, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Burle Max.
Desfilavam-me aos olhos da memória, os muitos postais que colecionava
na infância e na adolescência, as imagens das revistas O Cruzeiro e Manchete,Fatos e Fotos, dos documentários noa matinée de domingo, nos cinemas em Juiz de Fora, o Pálace, o Central...Na TV preto e branca dos primeiros tempos...
Meu avô , jornalista paraibano , Luiz Máximo de Araújo, tinha adoração por Juscelino Kubitscheck. Eu passava as férias em Pouso Alegre,MG, onde andou morando com vovó, numa chácara no Bairro da Saúde e de vez em quando, tinha acesso a fotos de JK. Quando o amigo estava no exílio, lembro-me de passar os dedos , quase revenciando, sobre um endereço dele em Paris.E de como vovô escevia sobre as fotos do presidente:"Ele".Como quem escreve...deus.
Há um ano, fui a Natal, RN, para o I Encontro de escritores de Língua Portuguesa(EELP) , ser homenageada-a única poetisa , o que deixou-me muito alegre com os conterrâneos e os lusófonos presentes - recebi de meu mano, que tem o nome de vovô, a cópia uma dessas antigas fotos , um jantar, onde estava JK e meu muito querido avô que me acordou a Poesia latente para sempre em minha vida eplantou as necessárias sementes dessa paixão, o jornalismo.Foi meu primo Nildo , quem mandou fazer para nós.Ele e eu, passamos horas a lembrar nossa ancestralidade.
No primeiro passeio, de carro, evidentemente, com Gisela, apreciei o trânsito , as mansões, registrei as quadras-eu que ia trabalhar uns dias na das gráficas.Mais específicamente na gráfica Ideal, pois havíamos vencido- o dono, nordestino, João e a esposa mineira, uma flor de pessoa a Gisela, que conhecera numa pousada em Três Marias e eu, com um projeto baseado em meu trabalho de interdisciplinaridade e trabalho intra e extramuros no Hospital Júlia Kubitscheck- o nome da mãe do idealizador de Brasília.desde os Anos 80, em S.Luiz, Maranhão, depois em Belém , no Pará e por fim, em Belo Horizonte- onde moro-três concorrências subsequentes para editar cartilhas de sexualidade humana pelo MS/SASAD, para crianças, adolescentes, professores e pais.
Naquele dia, íamos almoçar com Lair Guerra .Simpática, ela aprovou nossa concepão de educação sexual.Vencêramos três vezes .Na segunda, pediram um adicional especial para os professores e na segunda, um apêndice para os pais.
Dois desenhistas ilustres de Brasiília, Jo e Fernando, deixaram todos os meus esboços ou as simples ideias para as ilustrações , encantadoras.Maravilhosos companheiros de um trabalho que nunca aconteceu graficamente.Por que ? Não sei, fiquei com a impressão de que alguém "esperado" não mandava os projetos em tempo hábil para as datas previstas no Diário oficial.Eu preparava, enviava por fax - não possuia computador.Eles digitavam na própria gráfica -e depois uma outra pessoa fazia o copydesk .
O certo é que Lair Guerra gostara muito.Disse-me que gostaria que eu trabalhasse mais ainda para o Serviço de Atenção ao Adolescente.Eu já era funcuionária Federal do Ex inAMPS, laborando à ocasião no HJK, este ministado pela FHEMIG.O INAMPS se fuera... Não poderia morar em Brasília, mas até gostaria.Meu esposo era engenheiro e eu o secretariava , cuidava da família em sua smuitas ausências.
Feliz com a possibilidade da gigantesca edição dos manuais que seriam distribuídos para todos os brasielrinhos e escolas públicas, voltei para Bh.
A Dra.Lair Guerra sofreu um acidente, os donos da gráfica desistiram de concorrer a novas concorrências.Mandaram-me de presente, as bonecas maravilhosas dos livros , as que haviam entrado e devidamente aprovadas.Disseram qyue eram minhas .
Noutro dia, mostrei-as ao poeta Claudio Márcio Barbosa , aqui em casa, que admirou-se com a qualidade.Enfim, não estava ainda em minha destinAção.
bem , a dona da gráfica, de quem ficou amiga, levou-me à catedral onde Niemeyer, qual na igrejinha da Pampulha, usou e abusou no melhor sentido de curvas e surpresas.
Olhei , com o coração na boca.Armei minha Yashika e cliquei.Anjos de ferro estavam suspensos sobre as cabeças dos fiéis,escrevi mentalmente um poema que depois passei para o papel.
repeti-o em meu recital coletivo, no centro Cultural Padre Eustáquio, onde estava minha mostra de poemas e desenhos, Graal Feminino Plural.A chuvarada que castigava a capital mineira impedira a realização da individual.Mas gosto de agregar-me .E lá estava,quando, num repente, pássaros despencavam do alto ao chão, quais artistas circenses malabaristas.
Então, meus versos ao anjo-pássaro da catedral brasiliana vieram-me à cabeça.
E então, anexei uma nova estrofe, em homenagem às ruidosas avezinhas, mais livros que os anjos pássaros.
Agora, nos cinquenta anos de Brasília , penso nela, assim qual algupém relembra uma pessoa distantes.Ela é mulher e tem alma, corpo e mente.Pulsátil, deslumbra pela engenhi=osidade brasileira...
Quando recebi o grande colar de mérito da Câmara Municipal, em 2007, Niemeyer foi o Patrono-era seu aniversário de número cem.Única poeta nas homenagens- Dilma Russef estava entre os agraciados - dediquei a honra aos poetas presentes e aos que depois, foram abraçar-me no Restaurante D.Preta>O poeta Claudio Márcio indicou meu nome para Cidadã Honorária, mas resolveram dar-me esse Colar.O vereador que me indicou foi Sérgio Balbino. Recentemente, em Juiz de Fora, quando recebemos a Medalha Tiradentes da FALASP vi um retrato de Niemeyer bordado , pela artista Gri Alves.Ele gostaria de se ver assim representado, não sei se o quadro já foi entregue.Era uma exposição no Hotel Victory.


Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Representante da Rede Brasileira de Escritoras -REBRA- em Minas Gerais.

Membro do PEn Clube de Itapira.

Foto da catedral:veio-me pela internet, mas qualquer dia, publicarei a que cliquei, depois de digitalizá-la.

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