sábado, 5 de março de 2011

"Sacerdotisa Das Águas" de Eliane Potiguara

Comentário de Clevane Pessoa sobre:

"Sacerdotisa Das Águas" de Eliane Potiguara

(Foto dela publicada anteriormente e autorizada a publicação, pela amiga)


Adorei o título,pelos dois vocábulos utilizados pela escritora indígena Eliane Potiguara:"sacerdotisa" e "águas",Como sabem ,há anos venho dizendo que prefiro a palavra "poetisa" a poeta,pois lembra sacerdotisa.Todas as mulheres o são,se nos reportamos à mulher primeva,na natureza e repleta de magia natural e espontãnea,depois passada de geração em geração,até que a ,na idade Média,muitas foram para nas fogueiras,sofreram torturas,pelo poder ancestral,quea partirdaí, foi sendo camuflado,reduzido...
Mas Eliana,como legítima representante de nossas populações indígenas, vem lutando pela preservação de sua cultura rica e bela ...
Com garra,preside a ONG GRUMIn e foi a ela e às crianças indígenas,que dediquei meu e-book "A Indiazinha e o Natal",colocado á disposição da entidade.

Eis o belo texto(visitem o site do GRUMIN"):



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SACERDOTISA DAS ÁGUAS


Eliane Potiguara


Esse texto está publicado em http://spaces.msn.com/elianepotiguara com apresentação de SLIDES /Maio/2006

Dedicado à minha mãe, hoje uma estrela no espaço!

Toda mulher quer ser mulher, porque ser mulher é também contribuir com a ética para o crescimento da Humanidade, principalmente quando ela busca não perpetuar a cultura dominante e secular que impõe padrões preconceituosos na criação dos filhos e filhas.Toda mulher quer ser mulher por perceber a luta pela igualdade de gênero e quando ela trabalha para isso na nova sociedade, no cotidiano de sua vida, nas relações com o esposo, filhos/as, irmãos/ãs, parentes e amigos. Nos dez pontos que escrevi no Dia Internacional da Mulher, em março de 2006, no texto “Quer ser Mulher? Perguntou Deus!” (veja em: http://grumin.blogspot.com) tive o objetivo de polemizar e chamar a atenção da sociedade para diversas culturas e regimes sócio-político e econômicos que impõem uma vida indigna às mulheres.Temos muitos avanços na classe média ou nos grupos mais esclarecidos, quando mulheres já possuem diversas posições no contexto social e quando seu status no lar atinge patamares respeitáveis, salvo exceções como, por exemplo, em relação aos assassinatos de mulheres jornalistas, artistas e outras profissionais.No entanto, as mulheres pobres e as altamente miseráveis de todas as etnias sofrem ainda em conseqüência da violência masculina e discriminação da própria sociedade. E esse fato é um desafio para grupos de mulheres organizadas por seus direitos e um desafio para os governantes no setor da Educação, Trabalho e Saúde, tanto no Brasil quanto nos outros países.

Eu convoco homens e mulheres_ cidadãos/ãs do mundo_ a refletirem no mês das Mães (maio) sobre a idéia errônea de que as mulheres são exemplos de estereótipos de santas, anjos ou demônios.

A mulher é sagrada, sim! Porque ela dá a vida, assim como a natureza é sagrada por prover vida. Mas a mitificação da mulher pelo homem causa estragos, desvios comportamentais, pornografias, culturas dominantes, atos selvagens contra o sexo feminino, como vemos nos outros países e inclusive no Brasil.

No mês das Mães e no todo sempre vamos adorar nossas mães apenas no sentido poético, amoroso, como é o título desse texto, porque a exacerbada veneração leva à mitificação maléfica, que na realidade é um desrespeito à mulher. Mães querem ser amadas e respeitadas.Amo a minha mãe pelo que sou, devo a ela respeito e ela está na minha memória, porque foi uma grande iletrada mulher, mas possuía conceitos e lições de uma verdadeira sacerdotisa. A minha Sacerdotisa das Águas!

Texto de ELIANE POTIGUARA

Texto de Eliane Potiguara
Autora de METADE CARA, METADE MÁSCARA, Global Editora.

Blog :www.elianepotiguara.org.br

17/05/2006 11h53


Publicado anteriormente em: http://www.vaniadiniz.pro.br/clevane/sobre_o_texto_eliane_potiguara.htm

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