terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pelos trilhos de um trem que n�o vem ainda

Pelos trilhos de um trem que n�o vem ainda
Clevane Pessoa

Andar de bra�os abertos
-qual a protagonista na proa do Titanic
pelos trilhos bem assentados
por onde passar� um trem que dificilment descarrilar�:
cumprir a destinA��O
de mulher;andar na linha,
sim, mas dessa feita, rebelde,
anda sozinha,
sem roteiros certos,
ao vento enquanto a cabeleira negra se desalinha,
a recitar mentalmente, um limerique,
equilibrada por seu pr�prio querer,
na ponta dos p�s descal�os,
linda, transl�cida veste branco
� luz da hora misteriosa
em que deixar� de ser bot�o, para ser rosa,
seios que ser�o sugados,
no infinito segundo em que o p�len
ser� deliciosamente usado
pelo bico do beijaflor
em milenar ritual
onde n�o h� Bem nem Mal,
apenas um ser a existir de si
para o Outro,
em plena entrega,
apesar de percal�os,
de dist�ncias
e talvez equ�vocos,
sem medos...

Clevane Pessoa
Belo Horizonte, 09/04/2010

Para o poeta Dimythryus-que gosta de trens


Clevane Pessoa

Andar de bra�os abertos
-qual a protagonista na proa do Titanic
pelos trilhos bem assentados
por onde passar� um trem que dificilment descarrilar�:
cumprir a destinA��O
de mulher;andar na linha,
sim, mas dessa feita, rebelde,
anda sozinha,
sem roteiros certos,
ao vento enquanto a cabeleira negra se desalinha,
a recitar mentalmente, um limerique,
equilibrada por seu pr�prio querer,
na ponta dos p�s descal�os,
linda, transl�cida veste branco
� luz da hora misteriosa
em que deixar� de ser bot�o, para ser rosa,
seios que ser�o sugados,
no infinito segundo em que o p�len
ser� deliciosamente usado
pelo bico do beijaflor
em milenar ritual
onde n�o h� Bem nem Mal,
apenas um ser a existir de si
para o Outro,
em plena entrega,
apesar de percal�os,
de dist�ncias
e talvez equ�vocos,
sem medos...

Clevane Pessoa
Belo Horizonte, 09/04/2010
Para o poeta Dimythryus-que gosta de trens

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