quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mariana-MG- Poetas Aldravistas deixam livros em caixas de laranja, em sinal de Protesto.

 Os quatro poetas aldravistas Gabriel Bicalho, J.S.Ferreira e o casal Donadon-Leal-Benedito e Andréia- foram protagonistas de um protesto  diferente, assim descrito  :

Acima :Praça Gomes Freire, caixote de Livros sob o Busto de Gomes Freire -

 "Nas Praças de Mariana
 
Neste domingo, 07 de agosto de 2011, os poetas aldravistas fazem protesto nas praças de Mariana, a Primaz de Minas Gerais. Como se fossem despachos, caixotes com livros e protesto dos aldravistas foram colocados em cinco locais do centro histórico de Mariana: Praça da Sé, Praça Gomes Freire, Largo da Igreja de São Pedro, Igreja de São Francisco de Assis e Terminal Turístico de Mariana."

Segundo o informe, do Jornal Aldrava Virtual (vejam o link devido) , o bom fruto foi que jovens marianenses, pediram para ficar com os livros.

O grupo aldravista  é responsável por ações para o Viva leitura, em projeto premiado no ano de 2009, distribuindo livros de porta em porta .

Há tempos, também na Arte, fizeram uma exposição de telas a céu aberto, em diversos pontos da cidade histórica. 


Os Poetas reclamam que doaram livros e não são reconhecidos ou ocupados em seu trabalho cultural pelos órgãos devidos:

"Já se passa um ano e até agora nenhum dos autores foi convidado para dar palestra ou oficina literária nas escolas ou em eventos dessa secretaria!"

Também afirmam que continuam "sem reconhecimento pelo poder público de Mariana, que tem se dedicado à preservação do patrimônio material, mas tem se esquecido do patrimônio mais valioso que esta terra tem – o seu patrimônio humano. O “patrimônio abandonado” são os escritores, artistas visuais e músicos que residem em Mariana, mas não têm chances nos eventos promovidos pelo poder público". 

No Brasil , costuma acontecer um processo inverso ao valor dos escritores (poetas e prosadores) e artistas : em geral, se é reconhecido fora do Estado ou do País, mas onde se trabalha, o mar de invejas, panelinhas, má repartição da torta cultural, faz com que uma minoria seja beneficiada, em detrimento dos obreiros da Cultura regional ou nacional. 

Não se sente as necessidades dos demais, cada qual, busca apenas para si.Muitos andam fazendo escada do seu semelhante, o Coletivo é ignorado, grupos não se unem - o que provoca ressentimentos, afastamento, em vez de união de forças.Atualmente, costuma-se valorizar mais cargos, títulos e honrarias que o trabalho cultural verdadeiro, que a pessoa e até mesmo a autoria.Lobos devorando lobos, ninhos ocupados por ovos de outras aves.

Mais autores e artistas protestem, unam-se.Conforme sempre disse, ser pacífico não significa ser passivo.. .(em verso de poemeto) .Sem violência, mas com muita coerência , sinalize-se as necessidades dos autores e dos artistas,mostrem falhas, exprimam necessidades, clamem .É bem verdade o que diz o ditado popular:"Uma andorinha só, não faz verão" .O trabalho indivividual pode até frutificar, mas s estará negando a todos , os espaços e  direitos conquistados.

Clevane Pessoa 

Belo Horizonte, 10 de agosto de 2011



Vejam a reportagem e as fotos em:

http://www.jornalaldrava.com.br/pag_aladrava_protesta.htm

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