segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Poemas no Tema Água - Clevane Pessoa

Participo , com gosto e alegria, de três dos números das antologia digital de BLOCOS ONLINE organizada por Leila Miccolis e Uhracy Faustino, SACIEDADE DOS POETAS VIVOS.
Estou ainda numa edição especial de contos natalinos e nioutra de twetos com tema beijo (para o dia dos namorados).

O número 11 de Saciedade dos Poetas Vivos, cujo tema geral é "águas" - um de meus prediletos (meu segundo livro de poemas chama-se ASAS DE ÁGUA (Editora Plurarts-Editor, Wagner Torres) ) e o terceiro, o primeiro de contos, Mulheres de Água , Sal e Afins (editora URBANA-Editor, João de  Abreu) - traz;

SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 11

CLEVANE PESSOA - Clevane Pessoa de Araújo Lopes, nordestina radicada em MG, escreve desde a infância, e comemorou 50 anos de poesia em 2007, no evento Poesia é Ouro, organizado por Karina Campos. Publicações em Poesia: Sombras Feitas de Luz e Asas de Água, pela Plurartes, A Indiazinha e o Natal, Olhares, Teares, Saberes, Erotíssima, O Sono das Fadas. 20 livros virtuais (inclusive memórias de repórter no tempo da Ditadura, Nas Velas do Tempo). Estudou desenho na SBAAT - Sociedade de Belas Artes Antonio Parreiras - JF/MG, e desde março de 2009 sua mostra de poemas e desenhos em banneres, GRAAL FEMININO PLURAL, é exposta nos Centros Culturais e regionais de Belo Horizonte. Palestrante, conferencista e oficineira de Poesia, Consultora de Teatro. Participa de cerca de 100 coletêneas. Mantém 12 blogs de divulgação cultural, é agraciada com inúmeros troféus, medalhas e homenagens do Poder Legislativo, inclusive em sua cidade natal, São José de Mipibu (Câmara Municipal, maio/2010). Em abril/2010, recebeu, em Natal, no I Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, placa/homenagem da UCCLA (União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa e Capitania das Artes de Natal, "pela contribuição à Língua Portuguesa", tendo deixado lá seu acervo no memorial da Mulher Potiguar. É Embaixadora Universal da Paz, pelo Cercle de Les Ambassadeurs Univ. de La Paix - Genebra, Suíça/Orange, França, membro do Green Peace, Acadêmica da Academia Feminina Mineira de Letras (AFEMIL), Cadeira 05/Cecília Meireles e da ALB/Mariana, Cadeira 11/Laís Correa de Araújo, além de Diretora de Divulgação Cultural da Univ. Planetária do Futuro-ArtForum. Participa da Saciedade dos Poetas Vivos, vol. 5, 9 e 10.

Contato:
clevanepax@gmail.com
Página individual de poesia em Blocos OnlinePágina individual de prosa em Blocos Online




           Chuva alheia



           Das energias




Chuva Alheia
No mundo há os que dizem,
os que dizem e fazem,
os que apenas dizem e nada fazem
e aqueles que pouco falam,
mas realizam, no casulo do segredo,
o que é preciso fazer.

Há os que fingem ser,
na lógica do parecer
e do fechamento de gestalts, protótipos
estratégias e insinuações.
Mas não são, não fazem,
não doam,
apenas simulam,
revolvendo-se em ninho
feito pelos outros,
cantando suas canções.

Se fossem chuva, choveriam com água alheia
à noite, para não serem descobertos
e de dia, para acharem que seriam nuvens férteis.




Função
Lençóis d'água
Subterrâneos frescores
A amenizar
Os fogachos da menopáusica
Mãe Terra...

Jasmins d'água
Em touceiras.
O
olor pungente
Bordeja o rio
que borda a Terra...
De longe, querubins
Em miniatura
Adejando
brancas asas...
De perto, parecem
Borboletas que não voam,
Presas ao verde...
De quando em vez,
Caem pétalas
Sem ruído perceptível
E cada qual beija a água
Respingando ternura
Flutuando, leves plumas,
Por certo merecem
Que meu olhar
De brasas acesas
Perscrute o ondulado
E frio caminho...

Até onde irão? Aonde
Deságua a água
Cantando,
Ao mar se entregando?
Ou... Fenecerão antes
Que o Tempo e a poluição as insulte
Roubando-lhes a beleza?...
Mistério
Para onde se vão
os escritos perdidos
nesse universo cibernético?
Será que há um batalhão de
anjinhos
garis de palavras perdidas,
a recolhê-las?
Será que caçadores de
antiguidades
(saiu do hoje, já é passado,
saiu do agora,
já é antigo...)
as recolhem no nimbo
de outras dimensões
e por elas cobram fortunas
de gotas d'água ao sol,
para que os arco-íris
não se acabem jamais?
Será que os escribas
já em outra dimensão
lêem, corrigem
aprovam, declamam,
repassam,
fazem pastas de nuvens
e arquivam?
Quem souber,
conte aos poetas,
conte-me que lhes repasso...
Mas... para onde foi o poema
feito ainda agora
e que fugiu para o espaço?
Será que vai chover Poesia?
Das energias
Encanta-me saber  saber que na Cabala,
está escrito que a ÁGUA SERIA
(E É!)
A MANIFESTAÇÃO FÍSICA
DA LUZ DO CRIADOR:
para os cabalistas, sabe-se,
o Universo teria dez dimensões 
no Mundo Real.
A LUZ espiritual desdobrando-se,
Tornada  incrivelmente densa,
Desce-as
E trans/formam-se em matéria física.
Esse trajeto é o responsável
pelo surgimento da água
em nosso Planeta.
sentiram no ar os íons
Que permanecem no ar
Enquanto despencam as águas,
cabeleiras líquidas, véus de noivas, 
espumas sem sabão, nuvens liquefeitas?

Por isso, nos sentimos energizados
Quando tomamos banhos de cachoeira!

Haikais  (*)
Excesso de chuvas
a desequilibrar a árvore
raízes se afogam.

***

Ontem, todas águas
encharcaram terras, ossos,
– pela manhã, o sol...

_________ .
(*) Escritos por Haruko  (heterônimo com que Clevane Pessoa assina seus haikais. Haruko: Primavera em japonês - Haru)
Chovendo
Tempo no gerúndio, coisa de poetas:
A natureza continua
chorando em cima das últimas pétalas...
vestígios de lágrimas
nas calçadas da rua.
Nesta foto, faço sarau no café Khálua, evento 24 Horas de café, organizado por Brenda Mars.leio meus poemas e de outros autores em Mujeres no banquete de eros, Edição do selo aBrace(Movimento Cultural aBrace, do qual sou representante em MG-Brasil) e que foi organizado pela editora e poeta Nina Reis.

Endereço em Blocos Online (conheça os demais autores e volumes):
http://blocosonline.com.br/literatura/poesia/obrasdigitais/saciedigpv/11/clevane05.php#haicais

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