Participo , com gosto e alegria, de três dos números das antologia digital de 
BLOCOS ONLINE organizada por
 Leila Miccolis e
 Uhracy Faustino, 
SACIEDADE DOS POETAS VIVOS.
Estou ainda numa edição especial de contos natalinos e nioutra de twetos com tema beijo (para o dia dos namorados).
O número 11 de 
Saciedade dos Poetas Vivos, cujo tema geral é "águas" - 
um de meus prediletos (meu segundo livro de poemas chama-se ASAS DE ÁGUA (Editora Plurarts-Editor, Wagner Torres) ) e o terceiro, o primeiro de contos, Mulheres de Água , Sal e Afins (editora URBANA-Editor, João de  Abreu) - traz;
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| SACIEDADE DOS POETAS VIVOS DIGITAL - VOL. 11 |  |  | CLEVANE PESSOA - Clevane Pessoa de Araújo Lopes, nordestina radicada em MG, escreve desde a infância, e comemorou 50 anos de poesia em 2007, no evento Poesia é Ouro, organizado por Karina Campos. Publicações em Poesia: Sombras Feitas de Luz e Asas de Água, pela Plurartes, A Indiazinha e o Natal, Olhares, Teares, Saberes, Erotíssima, O Sono das Fadas. 20 livros virtuais (inclusive memórias de repórter no tempo da Ditadura, Nas Velas do Tempo). Estudou desenho na SBAAT - Sociedade de Belas Artes Antonio Parreiras - JF/MG, e desde março de 2009 sua mostra de poemas e desenhos em banneres, GRAAL FEMININO PLURAL, é exposta nos Centros Culturais e regionais de Belo Horizonte. Palestrante, conferencista e oficineira de Poesia, Consultora de Teatro. Participa de cerca de 100 coletêneas. Mantém 12 blogs de divulgação cultural, é agraciada com inúmeros troféus, medalhas e homenagens do Poder Legislativo, inclusive em sua cidade natal, São José de Mipibu (Câmara Municipal, maio/2010). Em abril/2010, recebeu, em Natal, no I Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, placa/homenagem da UCCLA (União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa e Capitania das Artes de Natal, "pela contribuição à Língua Portuguesa", tendo deixado lá seu acervo no memorial da Mulher Potiguar. É Embaixadora Universal da Paz, pelo Cercle de Les Ambassadeurs Univ. de La Paix - Genebra, Suíça/Orange, França, membro do Green Peace, Acadêmica da Academia Feminina Mineira de Letras (AFEMIL), Cadeira 05/Cecília Meireles e da ALB/Mariana, Cadeira 11/Laís Correa de Araújo, além de Diretora de Divulgação Cultural da Univ. Planetária do Futuro-ArtForum. Participa da Saciedade dos Poetas Vivos, vol. 5, 9 e 10.
 Contato: clevanepax@gmail.com
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Chuva Alheia
No mundo há os que dizem, 
os que dizem e fazem, 
os que apenas dizem e nada fazem 
e aqueles que pouco falam, 
mas realizam, no casulo do segredo, 
o que é preciso fazer. 
Há os que fingem ser, 
na lógica do parecer 
e do fechamento de gestalts, protótipos 
estratégias e insinuações. 
Mas não são, não fazem, 
não doam, 
apenas simulam, 
revolvendo-se em ninho 
feito pelos outros, 
cantando suas canções. 
Se fossem chuva, choveriam com água alheia 
à noite, para não serem descobertos 
e de dia, para acharem que seriam nuvens férteis. 
Lençóis d'água 
Subterrâneos frescores 
A amenizar 
Os fogachos da menopáusica 
Mãe Terra... 
Jasmins d'água Em touceiras. 
O olor pungente 
Bordeja o rio 
que borda a Terra... 
De longe, querubins Em miniatura 
Adejando brancas asas... 
De perto, parecem 
Borboletas que não voam, 
Presas ao verde... 
De quando em vez, 
Caem pétalas 
Sem ruído perceptível 
E cada qual beija a água 
Respingando ternura 
Flutuando, leves plumas, 
Por certo merecem 
Que meu olhar 
De brasas acesas 
Perscrute o ondulado 
E frio caminho... 
Até onde irão? Aonde 
Deságua a água 
Cantando, 
Ao mar se entregando? 
Ou... Fenecerão antes 
Que o Tempo e a poluição as insulte 
Roubando-lhes a beleza?...  Para onde se vão 
os escritos perdidos 
nesse universo cibernético? 
Será que há um batalhão de 
anjinhos 
garis de palavras perdidas, 
a recolhê-las? 
Será que caçadores de 
antiguidades 
(saiu do hoje, já é passado, 
saiu do agora, 
já é antigo...) 
as recolhem no nimbo 
de outras dimensões 
e por elas cobram fortunas 
de gotas d'água ao sol, 
para que os arco-íris 
não se acabem jamais? 
Será que os escribas 
já em outra dimensão 
lêem, corrigem 
aprovam, declamam, 
repassam, 
fazem pastas de nuvens 
e arquivam? 
Quem souber, 
conte aos poetas, 
conte-me que lhes repasso... 
Mas... para onde foi o poema 
feito ainda agora 
e que fugiu para o espaço? 
Será que vai chover Poesia? 
Encanta-me saber  saber que na Cabala, 
está escrito que a ÁGUA SERIA
(E É!) 
A MANIFESTAÇÃO FÍSICA 
DA LUZ DO CRIADOR: 
para os cabalistas, sabe-se, 
o Universo teria dez dimensões  
no Mundo Real. 
A LUZ espiritual desdobrando-se, 
Tornada  incrivelmente densa, 
Desce-as 
E trans/formam-se em matéria física. 
Esse trajeto é o responsável 
pelo surgimento da água em nosso Planeta. 
Já sentiram no ar os íons 
Que permanecem no ar 
Enquanto despencam as águas, 
cabeleiras líquidas, véus de noivas,  
espumas sem sabão, nuvens liquefeitas? 
Por isso, nos sentimos energizados 
Quando tomamos banhos de cachoeira!  
Excesso de chuvas 
a desequilibrar a árvore 
raízes se afogam. 
*** 
Ontem, todas águas 
encharcaram terras, ossos, 
– pela manhã, o sol...
_________ . (*) Escritos por Haruko  (heterônimo com que Clevane Pessoa assina seus haikais. Haruko: Primavera em japonês - Haru)
Tempo no gerúndio, coisa de poetas: 
A natureza continua 
chorando em cima das últimas pétalas... 
vestígios de lágrimas 
nas calçadas da rua. 
Nesta foto, faço sarau no café Khálua, evento 24 Horas de café, organizado por Brenda Mars.leio meus poemas e de outros autores em Mujeres no banquete de eros, Edição do selo aBrace(Movimento Cultural aBrace, do qual sou representante em MG-Brasil) e que foi organizado pela editora e poeta Nina Reis.
Endereço em Blocos Online (conheça os demais autores e volumes):
http://blocosonline.com.br/literatura/poesia/obrasdigitais/saciedigpv/11/clevane05.php#haicais